O Ibovespa teve uma forte alta no último pregão e consolida o cenário de volatilidade que tanto assusta os investidores. Para saber os próximos movimentos do índice, será necessário olhar para os indicadores que sairão hoje e também para o cenário político, com o governo sofrendo já sua primeira derrota no Congresso em 2016 depois de apenas dois dias após o fim do recesso parlamentar.
Veja os cinco assuntos que vão dar o que falar no pregão desta quinta:
1. Bolsas mundiais A quinta-feira foi de alta para as bolsas asiáticas, que seguiram o embalo das especulações de que o Federal Reserve pode não elevar juros esse ano, o que fez o dólar cair e o petróleo subir. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,2%. O índice de Xangai teve alta de 1,6% com as operações diminuindo antes dos feriados do Ano Novo Lunar. O banco central chinês definiu a taxa referencial do iuan em seu maior nível desde 6 de janeiro, após o índice do dólar contra uma cesta de moedas cair a seu menor nível em três meses.
2. Petrobras: rebaixamento e projeto para pré-sal No noticiário doméstico, vale ficar de olho nas ações da Petrobras (PETR3; PETR4), que foram cortadas de avaliação neutra para underweight pelo JP Morgan, que projeta agora preço algo de R$ 7,00 por papel preferencial. Ainda no noticiário da estatal, destaque para a notícia de que a presidente Dilma Rousseff teria concordado com o projeto que permite à companhia abrir mão da obrigatoriedade de operar sobre todos os campos do pré-sal em leião.
3. Superávit chinês A China registrou superávit em conta corrente de US$ 84,3 bilhões no quarto trimestre, informou o regulador do mercado cambial nacional nesta quinta-feira. Durante o mesmo período, a conta de capital e financeira do país teve déficit de US$ 84,3 bilhões, segundo dados preliminares divulgados pela Administração Estatal de Moeda Estrangeira. Em todo o ano de 2015, o superávit em conta corrente do país ficou em US$ 293,2 bilhões, enquanto a conta de capital e financeira registrou déficit de US$ 161,1 bilhões, informou o órgão..
4. Pedidos de auxílio-desemprego Depois de saírem ontem os dados do ADP Employment, que mostraram a criação de 205 mil novos postos de trabalho no setor privado dos Estados Unidos em janeiro, o mercado ficará de olho em mais um dado de emprego antes do tão esperado Relatório de Emprego que sairá na sexta-feira (5). São os pedidos de auxílio-desemprego, um indicador semanal que mostra quantos americanos entraram com pedido pelo benefício. A expectativa mediana dos economistas é de 275 mil novos pedidos na semana passada, contra 278 mil registrados no período anterior.
5. Primeira derrota do governo no Congresso Na noite da última quarta-feira, a Medida Provisória 692, que trata da tributação sobre o ganho de capital – lucro sobre a venda de bens e direitos como imóveis -, sofreu alterações no Congresso que diminuem a expectativa de arrecadação do governo. O Planalto esperava fazer uma receita extra de R$ 1,8 bilhão, elevando a alíquota fixa dos atuais 15% para se tornar uma taxa cada vez maior para ganhos acima de R$ 1 milhão, chegando ao máximo de 30% para lucros que ultrapassem R$ 20 milhões. Contudo, o que foi aprovado por 205 votos a 176 foi o texto do PSDB, que mantém a alíquota em 15% para ganhos até R$ 5 milhões, podendo subir até o máximo de 22,5% para lucros acima de R$ 30 milhões. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 2516