SÃO PAULO – O Ibovespa caiu nesta quinta ainda na esteira do rebaixamento do rating do Brasil de BB+ para BB pela Standard & Poors. Nesta sexta-feira (19), o mercado voltará a olhar com atenção para indicadores norte-americanos que serão determinantes para as próximas decisões do Federal Reserve e, não só, também voltarão seus olhos para o conturbado e cada vez mais indefinido cenário doméstico. Em destaque, está a fala de Tombini e a expectativa pelo contingenciamento bilionário.
Veja os cinco assuntos que você não pode deixar de acompanhar neste pregão:
1. Bolsas mundiais As bolsas chinesas tiveram pequeno recuo nesta sexta-feira, em linha com uma correção mais ampla através dos mercados acionários globais, mas registrou sólidos ganhos na semana. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,07%, com alta de 3 por cento na semana, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,05%, acumulando valorização de 3,5% na semana. Este foi o melhor desempenho semanal dos índices em dois meses. No restante da região, as ações caíram e se afastaram da máxima de três semanas, com a reversão da alta do preço do petróleo e os investidores cautelosos com a perspectiva da economia global. O índice Nikkei do Japão recuou 1,42% devido a alta do iene, mas acumulou ganhos de 6,8 por cento na semana. Já as bolsas europeias operam com leve baixa após Stoxx 600 cair 0,6% mais cedo, interrompendo os ganhos da semana. Enquanto isso, o brent tem queda de 0,82%, a US$ 34,00 o barril.
2. BC e corte de gastos no radar O governo deve anunciar hoje o contingenciamento de R$ 24 bilhões do orçamento de 2016, segundo pessoas da equipe econômica que pediram anonimato porque não estão autorizadas a falar publicamente ouvidas ela Bloomberg. O governo decidiu antecipar o anúncio, que seria feito em março, após novo rebaixamento da nota soberana pela S&P nesta semana. Além disso, destaque para a fala do presidente do Banco Central Alexandre Tombini para a GloboNews. O mercado pode reagir a fala dele, que afirmou não haver espaço para “distensão monetária”.
3. Inflação nos EUA O CPI (Consumer Price Index) é o índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos considerando uma cesta fixa de bens e serviços. Para janeiro, espera-se que o índice tenha sofrido uma queda de 0,1%, igual ao que ocorreu em dezembro. O dado sairá às 11h30 (horário de Brasília). Vale lembrar que a inflação é um dos indicadores mais observados pelo Federal Reserve, que tenta normalizar a política monetária norte-americana, mas encontra dificuldades em dar seu segundo passo no tão prometido ciclo de aperto monetário graças à volatilidade dos mercados, a fraqueza da economia global e a inconstância dos indicadores norte-americanos.
4. Pnad Contínua A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) relativa a novembro deve mostrar uma estabilidade do desemprego no Brasil, mantendo-se nos 9% registrados em outubro. O indicador será divulgado às 9h.
5. Fim do horário de verão (ou quase) Neste fim de semana acaba o horário de verão no Brasil. Com isso, a diferença de horário entre aqui e os EUA cairá de três para duas horas. Isso é relevante porque mais de 50% do volume negociado na Bovespa está na mão de investidores estrangeiros, de modo que o período de maior liquidez na nossa Bolsa coincide com o horário em que os mercados norte-americanos estão abertos. Esta uma hora a menos de diferença significará uma hora a mais de Bovespa e Nyse operando ao mesmo tempo (a bolsa dos EUA abrirá às 11h30), então espera-se mais liquidez e, portanto, menos volatilidade do que nos últimos dias. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 3599