SÃO PAULO – O mercado de renda variável segue com muitas incertezas no radar. Entre os pontos de atenção destacados pelo gestor Frederico Tralli, head de renda variável da BNP Asset Management, está a desvalorização das commodities na China. Caso a China opte por continuar desvalorizando sua moeda, as commodities sofrerão e, consequentemente, as economias emergentes. Todavia, os preços das commodities já se encontram em patamar bastante depreciado e vários ajustes na oferta estão em curso, disse Trali, em carta enviada aos cotistas.
Com isso, a asset optou por adotar uma postura mais cautelosa, trabalhando com posições pouco abaixo do ‘benchmark’, mas atentos caso haja uma mudança do curso.
Tralli também afirma que o mercado norte-americano está migrando para um consenso de que o juro não deve mais subir. Sendo assim, segue a máxima de acompanhar os dados econômicos para corroborar ou não esse novo cenário, aponta.
Enquanto isso no Brasil, o foco se mantém nos dados de inflação mediante novo posicionamento do Banco Central, em que se espera uma atividade cada vez mais fraca. Novos fatos no ambiente político também podem influenciar nas previsões.
Neste contexto, a opção da equipe de renda variável da asset foi por foi reduzir posições em infraestrutura e bancos, e aumentar em serviços financeiros e alimentos.
Cenário
O BNP destaca que ano começou volátil, com a China desvalorizando sua moeda e impactando diretamente as commodities dos mercados emergentes. Esse fato ampliou o medo do mercado acerca da capacidade de pagamento de dívida das empresas produtoras e aumentou aversão a risco dos investidores.
Em relação aos EUA, o gestor questiona mudança no comportamento do FED no que diz respeito ao aumento de juros e reforça a necessidade de acompanhar os dados econômicos de perto.
No Brasil, o cenário de novos escândalos podem desencadear resultados interessantes após a retomada das atividades do Legislativo. De acordo com a instituição europeia, a produção industrial veio bem abaixo da expectativa. O relatório também diz que, segundo o BACEN, não há necessidade de aumento de juros no momento. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 3651