SÃO PAULO – Apesar de não ser uma novidade, o corte de rating do Brasil na tarde de quarta-feira (17) acabou pegando o mercado de surpresa, como afirma a equipe de analistas do Credit Suisse, que diz que a surpresa veio mais do timing do que do downgrade em si, sendo que a expectativa era que a revisão acontecesse apenas no começo do ano que vem.
Agora uma nota mais longe de recuperar o grau de investimento, o Brasil passa a fazer parte de um grupo de países que inclui Bolívia e Paraguai, mas com um agravante: junto com a Croácia, somos os únicos países com perspectiva negativa, o que implica que ainda há riscos de um novo rebaixamento no futuro próximo.
Com a nota BB, o Brasil fica abaixo do rating de países como Indonésia, Portugal, Azerbaijão e Rússia, e já se aproxima de ter o mesmo rating da Jordânia, Vietnã e Suriname, que possuem nota BB-. E este novo corte pode não estar muito longe de acontecer, segundo os analistas do Credit.
Em relatório, a equipe do banco afirma que a alta frequência de mudança de rating não é muito comum sem que ocorra um forte choque na economia doméstica ou internacional. Agora esperamos que a S&P downgrade o Brasil para BB- no segundo semestre deste ano, pois as estimativas da agência parecem ainda muito otimistas, como a projeção do PIB de -3% em 2016 e +1% em 2017, disseram os analistas. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 3622