Um portão do Instituto Lula, organização do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, localizado em São Paulo, amanheceu hoje (5) com pichações contra Lula. O ato ocorreu após o ex-presidente ter prestado depoimento na manhã desta sexta-feira, na 24ª fase da Operação Lava Jato.
A assessoria de comunicação do instituto informou à Agência Brasil que lamenta o ocorrido e que a pichação deve ter ocorrido na madrugada. A assessoria informou também que um grupo de apoiadores do ex-presidente Lula decidiu grafitar o local da pichação e responder a agressão com arte.
Ex-presidente Lula em entrevista no Diretório Nacional do PT em São Paulo, após depoimento à Polícia Federal no âmbito da 24ª fase da Operação Lava Jato
No pronunciamento, na capital paulista, Lula disse que as denúncias são infundadas e que não se calará diante do que diz ser perseguição política. O ex-presidente também criticou a condução coercitiva e disse que jamais se recusou a dar depoimentos à Polícia Federal nas investigações da Operação Lava Jato. Não precisaria levar uma coerção à minha casa, dos meus filhos. Não precisava, era só ter me comunicado. Antes dele, já fazíamos a coisa correta nesse país. A gente já lutava para fazer a coisa certa nesse país. Lamentavelmente preferiam usar a prepotência, a arrogância, o show de pirotecnia. É lamentável que uma parte do Judiciário esteja trabalhando com a imprensa, disse, na sede do PT, em São Paulo.
O procurador da República, Carlos Fernando Lima, que integra a equipe de investigação da Operação Lava Jato, disse que há indícios de que o ex-presidente Lula recebeu o pagamento de vantagens, seja em dinheiro, presentes ou benfeitorias em imóveis das maiores empreiteiras investigadas na operação policial. “As investigações são exatamente no sentido de comprovar ou não a participação do ex-presidente nas decisões de beneficiamento de partidos da base aliada. As investigações já vêm acumulando evidências que o principal beneficiário era o governo do PT, fica claro que os benefícios políticos colhidos foi de Lula e da atual presidenta [Dilma Rousseff]”, disse o procurador em entrevista à imprensa na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 5543