Nascido e criado nos Estados Unidos, inspirado por grupos extremistas islâmicos e portador de armas de alta potência adquiridas legalmente.
O perfil de Omar Mateen, que na madrugada de domingo (12) matou 49 pessoas a tiros numa boate gay de Orlando antes de ser morto pela polícia, indica uma personalidade agressiva, homofóbica e sádica, segundo testemunhas e as primeiras investigações sobre o atentado.
Com todas as vítimas já identificadas, a polícia revela aos poucos mais detalhes sobre o massacre e as motivações do homem por trás da maior chacina com arma de fogo da história dos EUA, uma tragédia em particular para a comunidade gay de Orlando.
Nos relatos de sobreviventes e policiais, emerge um assassino frio, que sorria enquanto disparava contra os frequentadores da casa noturna Pulse, uma das mais populares da cena gay da cidade do Estado da Flórida.
Segundo John Mina, chefe da polícia de Orlando, Mateen matou quase todas as vítimas no início da ação e não perdeu a calma ao conversar por telefone com policiais, enquanto mantinha reféns num banheiro da casa.
O impasse durou três horas e terminou com a decisão da polícia de abrir um buraco numa parede da casa noturna para permitir a fuga dos reféns quando Mateen ameaçou detonar explosivos.
SORRISO SÓRDIDO
Nesta segunda (13) a cena do crime continuava isolada por um amplo cordão policial e cercada por dezenas de jornalistas de vários países, que acampavam sob o sol forte à espera de novidades sobre a investigação.
Volta e meia apareciam sobreviventes e amigos das vítimas, para compartilhar histórias de sofrimento e heroísmo ou buscar consolo.
De corpo franzino e com a aparência exausta, Marcus Godder, 26, contou que olhou o assassino nos olhos e viu “o mal”. Ele diz que sobreviveu fingindo-se de morto no chão da boate, de onde acompanhou o massacre na Pulse. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 11687