O envelhecimento é um fenômeno natural e está habitualmente ligado à perda de força, queda da resistência, diminuição da coordenação e, principalmente, perda de massa muscular e do domínio corporal. O conforto da vida moderna contribui com tudo isso, sem contar a maturação física que, com o passar do tempo, impede que movimentos que antes eram corriqueiros passem a ser mais difíceis e menos explorados.
É aí que entra o treinamento funcional, que pode ser um verdadeiro parceiro de quem chegou à terceira idade. A informação é do fisioterapeuta Renato de Freitas Hoelzle Júnior, instrutor da modalidade no Centro de Convivência de Idosos Cândida de Morais, unidade da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG). Segundo ele, o treinamento funcional visa desenvolver qualidades físicas e movimentos básicos necessários no dia a dia, como força, resistência, equilíbrio, os atos de levantar, andar, correr, carregar, empurrar, puxar, dentre outros.
“Mais do que ajudar quem está na terceira idade a manter a forma, o treino funcional é saúde e contribui para que quem esteja nesta fase seja capaz de realizar as atividades físicas que sempre realizou e com menos riscos de quedas; lembrando que elas são as principais responsáveis pela morte de idosos e por deixá-los em uma cama,” completa. Bolas, cones e bambolês são alguns dos equipamentos usados pela turma.
OVG-Centro-de-IdososAinda de acordo com Renato Júnior, os exercícios diminuem o risco de lesões, além de dar um preparo extra para o idoso subir escadas e se abaixar com facilidade, por exemplo. Desta forma, os praticantes se tornam capazes de manter a rotina, desenvolvendo as atividades que sempre praticavam, com ganho real na sua qualidade de vida.
É o caso da aposentada Josefa do Carmo Mendanha e Silva, 77 anos. Frequentadora do Centro de Convivência de Idosos Cândida de Morais, ela participa das duas aulas semanais oferecidas pela unidade há quase um ano e meio. “Não consigo imaginar meu dia a dia sem essa rotina de exercícios. Minha qualidade de vida aumentou com o treinamento funcional. Agora, parece que meu corpo funciona melhor. Consigo agachar e subir escadas com mais facilidade. Recomendo às pessoas que se movimentem, afinal nosso corpo é uma máquina e máquinas paradas enferrujam”.
Marieta da Rocha Soares, 73 anos, também pratica o treinamento funcional na unidade há pouco mais de um ano e afirma que sente os efeitos positivos da atividade física no seu dia a dia. “Além de ter mais disposição, consigo me alongar mais e fazer coisas em casa, como varrer debaixo dos móveis, com muito mais facilidade”. Segundo Marieta, o treinamento funcional proporciona várias melhorias, principalmente de equilíbrio, postura e aumento da massa óssea e muscular. Além disso ele é um aliado contra a depressão. “Aqui faço amizades e dou boas risadas. Me sinto renovada”, diz Marieta Soares entre um exercício e outro.
A unidade
O Centro de Convivência de Idosos Cândida de Morais é voltado para o atendimento a pessoas com mais de 60 anos. Inaugurado em 2015, ele oferece várias atividades gratuitas e contribui para a interação social, troca de experiências e valorização dos idosos. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 15652