Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, 9/9, a secretária de Educação, Cultura e Esporte de Goiás, Raquel Teixeira, afirmou que o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2014/2015, divulgado nessa quinta, mostra que a estrutura do Ensino Médio no Brasil precisa ser reformada. Segundo a pesquisa, Goiás é um dos poucos Estados em que o ensino público continua avançando e que atingiu as metas estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC).
A maior nota de Goiás (4.7) foi alcançada nos Anos Finais do Ensino Fundamental (8ª série/9º ano). Esse resultado superou a meta exigida de 4.5 e avançou 0.2 em relação à 2013. Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (4ª série/5º ano), a rede estadual passou de 6.0 (2013) para 6.1, índice bem superior à meta nacional de 5.3. Já no Ensino Médio, o Estado alcançou a meta prevista pelo Ministério da Educação: 3.8. Nesse nível de ensino, além de Goiás, somente os estados do Amazonas, Piauí e Pernambuco atingiram as metas.
“Os números divulgados para o Brasil são medíocres em termos do que os jovens merecem, mas Goiás tem muito o que comemorar. Dentro do quadro do Brasil, saímos na frente atingindo as metas em todos os níveis, o que prova que continuamos avançando. Eu estou orgulhosa de cada professor e de cada escola, que mesmo com as dificuldades, conseguiram manter Goiás no topo do ranking”, afirmou.
Com os resultados do Ideb 2015, Goiás aparece entre as quatro unidades da Federação a cumprirem as metas estabelecidas pelo MEC. No Ensino Médio, com a nota 3.8, o Estado ocupa o segundo lugar no ranking nacional. No Ensino Fundamental 2, o primeiro lugar; e no Ensino Fundamental 1, o quarto. No comparativo com os dois Estados da região Centro-Oeste (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) e o Distrito Federal, Goiás conquistou a maior nota também nas duas fases do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, ultrapassando também as metas previstas pelo MEC.
Ensino Médio
A secretária informou que o Estado vai continuar buscando melhorar o ensino público, expandindo o número de escolas de tempo integral, mantendo o foco na gestão de resultados para a aprendizagem e capacitando e valorizando o professor. Aliado as tarefas dos Estados, ela acredita que uma reforma no Ensino Médio de todo o País deve ser realizada ainda neste semestre.
“O Ideb mostrou para todos que tanto na rede pública quanto na privada o sistema atual no Ensino Médio não funciona. A meta está estagnada desde 2011. Precisamos urgentemente de uma reforma de certa forma ela já está em curso no Congresso. Uma das mudanças é a quantidade de disciplinas obrigatórias, que hoje são de 13 e passarão a ser cinco. Isso vai permitir o aluno construir sua trajetória na escola, já focado naquilo que ele quer para seu futuro”, explicou Raquel. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 17742