O déficit orçamentário dos Estados Unidos para o exercício de 2016 cresceu pela primeira vez desde 2011, devido aos gastos de seguros médicos e aposentadorias, segundo dados publicados nesta sexta-feira pelo departamento do Tesouro.
O déficit das finanças do Estado federal ficou em 587 bilhões de dólares sobre o total do exercício encerrado em setembro, diante dos 439 bilhões de dólares do ano passado.
Isso supõe um aumento de 34% em dados brutos e 25% em dados corrigidos.
Dessa forma, o déficit superou a barreira dos 3%, a 3,2% do PIB, em comparação a 2,5% em 2015, o nível mais baixo nos últimos oito anos.
Apesar disso, continua sendo igual à média dos últimos 40 anos, ressaltou o governo.
O déficit está dois terços abaixo do nível de 2009 em proporção à produção nacional, quando a economia americana caiu em recessão, explicou em um comunicado o diretor do Escritório de Orçamento da Casa Branca (OMB, na sigla em inglês), Shaun Donovan.
O responsável destacou que o déficit teria sido muito mais baixo se o Congresso não tivesse aprovado créditos de impostos às empresas no final de 2015 sem que fossem financiadas.
O aumento do déficit era previsível porque a população está envelhecendo e os gastos em saúde crescem.
Os gastos do Estado em seguros médicos para pessoas idosas (o programa Medicare) e com poucos recursos (Medicaid) aumentaram 7%, 76 bilhões de dólares, enquanto que as aposentadorias subiram 3%, equivalente a 33 bilhões de dólares.
Os juros da dívida federal também subiram 7%, aproximadamente 28 bilhões de dólares, enquanto que a dívida passou de 1,052 trilhão de dólares para 14,1 trilhões de dólares.
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