O presidente Michel Temer chegou nesta segunda-feira a Assunção para se reunir com o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, e dialogar sobre o comércio entre os dois países e o fortalecimento do Mercosul.
Acompanhado de uma comitiva de ministros, Temer aterrissou às 17h locais (18h em Brasília) no aeroporto Silvio Pettirossi de Assunção, onde foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga. Trata-se da primeira visita oficial do presidente desde que assumiu o poder após o impeachment de Dilma Rousseff.
Ainda no aeroporto, Temer afirmou abordaria os interesses comuns entre os países com Cartes, que não são poucos. Entre eles, citou os níveis de exportação e importação muito sólidos e a integração entre os dois países.
Para ampliar o grau de amizade histórica entre Brasil e Paraguai, Temer disse que chegou acompanhado por uma delegação de ministros e parlamentares brasileiros, com objetivo de ter no país vizinho representantes dos poderes Executivo e Legislativo.
Perguntado sobre os resultados das eleições municipais realizadas ontem, o presidente destacou o grande número de abstenções, votos em branco e nulos. Segundo ele, isso revela a indispensável necessidade de uma reforma política no país.
Temer chegou a Assunção depois de visita a Buenos Aires, onde se reuniu na manhã de hoje com o presidente da Argentina, Mauricio Macri. Estavam na pauta do encontro temas como o fortalecimento do Mercosul e a necessidade de a Venezuela cumprir os requisitos exigidos para sua integração definitiva a bloco.
O presidente será recebido por Cartes na residência oficial de Mburuvicha Roga para tratar, entre outras questões, da expansão das relações comerciais do Mercosul e temas bilaterais de fronteira.
Segundo Temer, o Mercosul deve revistar toda sua estrutura tarifária, ampliar seus horizontes comerciais e acabar com as barreiras entre seus membros, além de modernizar os trâmites burocráticos do bloco, a fim de facilitar o comércio.
A viagem de Temer por Argentina e Paraguai representa, além disso, uma aproximação com seus dois principais aliados no Mercosul, já que os três países se opuseram à tentativa da Venezuela de assumir a presidência rotativa do bloco em julho. O mandato correspondia ao país devido à regra da ordem alfabética, depois o fim do período em que o grupo foi liderado pelo Uruguai.
No último dia 13 de setembro, Argentina, Brasil e Paraguai acertaram que a Venezuela, aceita como membro de pleno direito do Mercosul em 2012, não podia exercer a presidência rotativa por não ter ratificado todos os acordos do bloco.
Os três países, com a abstenção do Uruguai, determinaram que a Venezuela tem até o dia 1º de dezembro deste ano para se adequar às regras e evitar ser suspensa por tempo indeterminado do bloco. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 18646