Protestos próximos ao local de construção do polêmico oleoduto da Dakota do Norte, Estados Unidos, derivaram em violência na madrugada desta segunda-feira, quando a polícia lançou bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha e canhões de água gelada contra os manifestantes.
Segundo os organizadores das manifestações, há 167 feridos, entre eles três ameríndios idosos, e sete pessoas hospitalizadas por ferimentos graves na cabeça.
O departamento do xerife do condado de Morton disse que havia cerca de 400 manifestantes, e que eles provocaram um tumulto e começaram uma dúzia de incêndios.
Segundo o jornal Bismark Tribune, que cita o departamento do xerife, os manifestantes atiraram pedras e pedaços de madeira contra a polícia. Uma pessoa foi detida.
A tribo Sioux da reserva indígena de Standing Rock afirma que o oleoduto ameaça suas fontes de água potável e vários locais onde estão enterrados seus ancestrais.
Na semana passada, o governo americano ordenou a paralisação da construção do oleoduto, afirmando que mais análises e debates sobre o projeto são necessários.
O projeto do oleoduto, da companhia Energy Transfer Partner, gerou nos últimos meses um movimento crescente de protestos nos Estados Unidos por parte das tribos indígenas, dos ambientalistas e dos defensores dos direitos dos ameríndios.
O oleoduto subterrâneo de 1.900 km, batizado de Dakota Access Pipeline, deve atravessar quatro estados americanos, para transportar o petróleo extraído em Dakota do Norte, na fronteira com o Canadá, até Illinois, no sul dos Estados Unidos. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 21561