O vice-prefeito eleito de Goiânia na chapa de Iris Rezende, deputado Major Araújo, revelou falta de diálogo com o líder peemedebista em entrevista ao jornal. Após tornar público que estuda a possibilidade de não tomar posse como vice-prefeito, Major Araújo deixou claro a falta de sintonia com Iris. “A última vez que estive com Iris Rezende (PMDB) foi na festa da vitória, na Praça Cívica”, disse.
Questionado se já teria conversado com Iris sobre sua dúvida em assumir o cargo pelo qual foi eleito no segundo turno da eleição municipal, o deputado pelo PRP negou qualquer diálogo com o prefeito eleito.
Procurada pela reportagem do AR, a assessoria do prefeito eleito, Iris Rezende, informou que o peemdebista não vai comentar o assunto.
Major Araújo contou ainda que foi na escolha de seu nome para candidatura a vice-prefeito que teve a conversa mais longa com Iris. “Ainda não tive oportunidade de conversar com o Iris. Não estou brincando. Mas é que o prefeito está cheio de compromissos, articulando com a maioria na Câmara, com a base aliada. Nosso último contato foi no dia da votação. Mas assim que conseguir falar com ele tomo minha decisão. Até o dia 16 de dezembro decido se assumo ou não”, disse Araújo.
Durante a entrevista, Major Araújo fez questão de ressaltar que Iris vai ser o primeiro a ficar sabendo da sua decisão e que não pretende ser um vice-prefeito sem voz ativa na administração. Ele explica que, durante a gestão, pretende tomar decisões e continuar fazendo oposição ao governo estadual.
“Se o prefeito [eleito] Iris Rezende entender que eu não vou atrapalhar a administração dele, eu assumo o cargo. O que não vou aceitar é ser apenas um representante do chefe do executivo municipal nos eventos em que ele não puder ir. Não serei um vice-prefeito que só aguarda ordens”, ressaltou.
Araújo explicou ainda que os representantes da classe militar e das entidades militares estão pedindo para que ele não deixe o mandato na Assembleia Legislativa. Segundo ele, o medo desse segmento é que a oposição na Casa perca força com sua saída.
“Tenho que respeitar e levar em consideração o que diz o segmento militar, afinal, foram eles que me elegeram e reelegeram deputado estadual”, concluiu. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 21660