Os peritos do Instituto Médico Legal de Medellín já identificaram os corpos de todas as 71 vítimas da queda do voo da Chapecoense na madrugada de terça-feira. Destes, 64 são brasileiros. Há ainda cinco bolivianos, um paraguaio e um venezuelano.
Com a identificação concluída, começam oa trâmites burocráticos para que os corpos possam ser enviados para os seus países de origem. No caso dos brasileiros, os corpos podem começar a ser enviados a partir desta quinta-feira e devem chegar no Brasil entre sexta-feira e sábado. O velório na Arena Condá deve ser nesta sexta-feira.
De acordo com o diretor do Instituto Nacional de Medicina Legal da Colômbia, Carlos Eduardo Valdés, os profissionais trabalharam diariamente e sem descanso para poderem identificar o mais rápido possível todas as vítimas da tragédia.
Segundo o embaixador do Brasil na Colômbia, Júlio Glinternick Bitelli, inicialmente se pensou que as famílias das vítimas teriam que viajar até Medellín para acompanhar a saída dos corpos até o Brasil, mas isso não será necessário.
– Foi dado aos familiares a liberdade de escolher se eles queriam viajar ou não. Muitos preferiram permanecer no Brasil e esperar pela repatriação dos seus entes queridos. E estamos trabalhando muito nisso – acrescentou.
A família do piloto Miguel Alejanro Quiroga Murakami espera para esta quinta a chegada do corpo.
– Estamos sem muitas informações. Sabemos que é difícil e complicado todo o processo de repatriação. Além disso, de certa maneira, estamos impedidos de ir até Medellín porque viemos em uma zona de selva – disse a cunhada do piloto, Denise Pinto.
Ainda que Quiroga vivesse em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, frequentemente ele visitava a sua família em Epitacolândia, no Acre. A região não tem qualquer aeroporto.
Representante dos familiares das vítimas, Gilberto Batisteyo, disse que uma comitiva viajou com médicos legistas do governo do Brasil, funcionários da prefeitura de Chapecó e familiares de algumas vítimas, viajaram para Rionegro, na Colômbia, para acompanhar o processo de traslado dos corpos.
– Os médicos também estão acompanhando os três pacientes sobreviventes que estão em três hospitais. Estamos dando o maior apoio possível para que consigamos concluir o reconhecimento (dos corpos) e fazer o traslado de todos ao seu destino.
Os sobreviventes permanecem internados no hospital.
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