Um choque entre facções deixou na manhã desta segunda-feira (29) dez mortos em uma prisão de Itapajé, no interior do Ceará, informou a secretaria de Justiça do governo local.
Os internos iniciaram uma briga entre grupos rivais, o que resultou nas mortes, afirmou a assessoria da Secretaria, precisando que as forças de segurança já retomaram o controle do centro penitenciário.
A tragédia ocorre apenas dois dias após o maior massacre no estado, quando grupos armados invadiram uma boate em Fortaleza e abriram fogo, deixando 14 mortos e vários feridos. Um suspeito foi preso e outros cinco foram identificados.
O governador do Ceará, Camilo Santana, descreveu o fato de barbárie e informou que implementará medidas para combater o avanço das facções que operam na região.
Entre elas, a centralização das unidades de inteligência das forças de segurança e a criação de uma unidade policial para combater o crime organizado.
A guerra entre traficantes de drogas deixou quatro mortos em um ajuste de contas em 7 de janeiro na periferia de Fortaleza.
O Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo, com 726.712 detentos, de acordo com os últimos dados oficiais de junho de 2016.
O número é quase o dobro da capacidade das prisões do país, calculada em 368.049 vagas para 2016.
O início deste ano foi marcado por confrontos em vários centros penitenciários.
Desde janeiro de 2017, quando a crise penitenciária se agravou com um massacre em um complexo penitenciário em Manaus, a guerra entre grupos rivais nas prisões deixou mais de 100 mortos.
Os principais massacres em prisões no ano de 2017 ocorreram em Manaus (56 mortos) e Roraima (33), seguidos por Natal (26).
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