A Câmara Colombiana da Infraestrutura (CCI) tomou nesta segunda-feira a decisão de expulsar do grêmio a construtora brasileira Odebrecht, envolvida em um caso de subornos.
Em comunicado, a CCI solicitou ao governo, assim como à procuradoria e à controladoria, que liderem, com toda decisão e energia, uma grande cruzada nacional para combater e erradicar o fenômeno corrosivo da corrupção na contratação.
Nesse sentido, disseram que esse fenômeno está relacionado em parte com a ingerência perniciosa de alguns setores políticos nos processos contratuais.
Segundo documentos publicados no último dia 21 de dezembro pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou aproximadamente US$ 788 milhões em subornos em 12 países de América Latina e África, entre eles a Colômbia, onde teria repassado mais de US$ 11 milhões entre 2009 e 2014.
No dia 12 de janeiro as autoridades colombianas detiveram Gabriel García Morales, vice-ministro de Transporte durante o governo do ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), por seu suposto envolvimento no caso.
Um primeiro pagamento de US$ 6,5 milhões foi feito aparentemente a García Morales para conseguir a adjudicação da concessão do trecho dois da Ruta del Sol, via que comunica o interior do país com a costa atlântica.
Depois de 11 horas de audiência, o ex-vice-ministro aceitou ontem as acusações de suborno, realização indevida de contratos e enriquecimento ilícito, e foi transferido à prisão La Picota, de Bogotá.
Em comunicado, a Procuradoria Geral da Nação detalhou que foi efetuado um segundo pagamento, de US$ 4,6 milhões, para a adjudicação da via Ocaña-Gamarra, no nordeste colombiano.
Por este fato foi detido no sábado passado o ex-congressista Otto Nicolás Bula Bula. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 25047