A atriz americana Angelina Jolie irá colaborar nos próximos meses e anos com a Otan para intensificar a luta contra a violência sexual nos conflitos, anunciou nesta quarta-feira (31) na sede da Aliança Atlântica em Bruxelas.
Este esforço deve contribuir com resultados concretos que marcarão uma verdadeira diferença sobre o terreno, nas zonas afetadas pelos conflitos, e permitir uma mudança de atitude em relação às mulheres no mundo, destacou Jolie em uma coletiva de imprensa.
A atriz e embaixadora da boa vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) denunciou a violência sexual e o estupro usado como uma arma de guerra nos conflitos.
Usa-se como uma ferramenta de controle político, de terrorismo e de limpeza étnica. É uma causa importante na criação de fluxos de refugiados, afirmou. Nos locais onde é praticado é mais difícil e mais custoso alcançar a paz, recordou.
A violência sexual é uma tática de guerra (empregada) contra as mulheres e as jovens, mas também contra homens e meninos. A Otan já faz muito para enfrentar este problema, mas pode-se fazer mais, comentou o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg.
A Aliança Atlântica, que agrupa 29 países ocidentais, já forma suas tropas em matéria de violência sexual antes de mobilizá-las, e envia especialistas na questão junto com os comandantes de suas missões, como no Afeganistão ou no Iraque, explicou.
A Otan também está envolvida no treinamento e na formação militar de muitos países sócios no mundo. Vamos ver como reforçar nossas formações sobre a maneira de combater a violência sexual, indicou Stoltenberg.
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