A Autoridade Palestina aceitou nesta quarta-feira (3) voltar a pagar a conta de energia elétrica da Faixa de Gaza, seis meses depois de ter suspendido os pagamentos para pressionar o movimento islamita Hamas, que preside o enclave, a tomar o caminho da reconciliação palestina.
O governo palestino notificou sua decisão às autoridades israelenses, que fornecem energia à Faixa de Gaza. Hamas e a Autoridade Palestina alcançaram em outubro passado um acordo de reconciliação que demora em ser implementado.
Quando a Autoridade Palestina decidiu, em junho, suspender o pagamento da conta de luz em Gaza, os moradores deste enclave empobrecido e isolado ao sul de Israel ficaram com um abastecimento de umas quatro horas de energia por dia.
Com a retomada dos pagamentos, Gaza voltará a contar com 50 megawatts suplementares de luz, o que significa oito horas de luz por dia.
Só empresas e particulares que conseguem pagar por um gerador dispõem de um abastecimento maior.
A decisão de pagar novamente as contas foi tomada para suavizar as dificuldades dos moradores de Gaza, explicou o governo palestino.
Israel não confirmou a decisão, nem esclareceu quando vai retomar o abastecimento de eletricidade.
A ONG israelense Gisha, que supervisiona as condições humanitárias em Gaza, deu as boas-vindas à decisão da Autoridade Palestina, mas explicou que devem ser tomadas outras medidas.
Israel deve cooperar para resolver a atual crise de eletricidade na Faixa (de Gaza), explicou.
Israel acusa o Hamas de permitir ou incentivar os ataques, inclusive com mísseis, contra seu território a partir de Gaza, onde o movimento islamita dispõe de 25.000 simpatizantes armados.
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