O opositor barenita Nabil Rajab foi condenado a cinco anos de prisão por mensagens no Twitter que denunciavam a intervenção da coalizão militar árabe no Iêmen e casos de tortura em uma prisão no Barein, informaram duas ONGs.
Rajab é uma das personalidades das manifestações de 2011 que protestaram contra o regime da dinastia sunita, que dirige este país do Golfo com uma população majoritariamente xiita.
O ativista foi condenado em julho do ano passado a dois anos de prisão por propagação de boatos e notícias falsas durante entrevistas a canais de TV nas quais criticou o governo.
A condenação foi anunciada pela Alta Corte Criminal do Bharein, informaram as ONGs Centro pelos Direitos Humanos do Barein (BCHR) e o Instituto do Barein pelos Direitos e Democracia (BIRD).
Nabil Rajab foi condenado por tuítes nos quais criticava a Arábia Saudita e seus aliados, entre eles o Barein, por seu papel na guerra que afeta o Iêmen desde 2015. Também foi acusado de ter divulgado críticas sobre casos de tortura na prisão de Jaw, no Barein.
Meu pai foi condenado a cinco anos de prisão e sua primeira reação foi sorrir, escreveu no Twitter Adam Rajab, filho do condenado.
Várias organizações manifestaram preocupação com a saúde de Nabil Rajab, que foi hospitalizado diversas vezes durante a detenção.
O pequeno reino do Barein, onde está a Quinta Frota dos Estados Unidos no Golfo, é governado por uma dinastia sunita e foi abalado por manifestações esporádicas desde a repressão em 2011 dos grandes protestos da maioria xiita, que exige reformas.
As autoridades negam qualquer discriminação em relação aos xiitas e acusam o Irã de tentar desestabilizar o país, o que Teerã nega.
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