SÃO PAULO. Um bilhete apreendido no domingo com uma pessoa que visitava os presos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior paulista, indica que Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, foi quem mandou matar Rogério Geremias de Simone, o Gegê do Mangue, 41, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, 38, na semana passada, em uma reserva indígena no Ceará.
Segundo o bilhete, um traficante conhecido como Fuminho teria executado Gegê e Paca, dois integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) que eram, até então, as mais importantes lideranças soltas.
Com a morte dos dois, Fuminho assumiu esse posto. “Ontem, fomos chamados em umas ideias, aonde nosso irmão Cabelo Duro deixou nois ciente que o Fuminho mandou matar o GG e o Paka. Inclusive, o irmão Cabelo Duro e mais alguns irmãos são prova que os irmãos estavam roubando (sic)”, diz o bilhete.
Os líderes mortos no Ceará viveram nos últimos meses numa mansão no Condomínio de Luxo Alphaville, no Porto das Dunas, em Aquiraz, na região metropolitana de Fortaleza. A dupla comprou uma casa no local por R$ 2 milhões, em um pagamento em dez cheques de R$ 200 mil.
Cerco ao PCC. Na segunda-feira, a Polícia Federal (PF) prendeu Claudiney Rodrigues de Souza, 36, no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Conhecido como “Cláudio Boy” e apontado como integrante do PCC, ele foi preso ao desembarcar de um voo vindo de Fortaleza, onde, na semana anterior, as duas lideranças da facção foram assassinadas. A polícia ainda não sabe se Cláudio Boy tem relação com o caso.
“O envolvido responde pelos crimes de homicídio e tráfico internacional de drogas e, segundo informações da Polícia Civil, seria um dos braços do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Minas Gerais”, informou a PF.
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