Regime sírio é acusado de criar ‘apocalipse’ no país. Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos que a guerra deveria ser analisada pelo Tribunal Penal Internacional.
O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos acusou o regime sírio de criar
o “apocalipse” em seu país e afirmou que o conflito entrou em uma “fase de horror”.
“Este mês, Guta Oriental foi descrita pelo secretário-geral (da ONU) como um inferno na
terra”, afirmou Zeid Ra’ad al Hussein ao apresentar seu relatório anual ao Conselho de Direitos
Humanos da ONU.
“Agora o conflito entra em uma nova fase de horror”, afirmou Zeid, que denunciou “o enorme
derramamento de sangue em Guta Oriental e a escalada da violência na província de Idlib, que
deixa dois milhões de pessoas em perigo”.
“No próximo mês, ou no seguinte, será outro lugar em que as pessoas enfrentarão o
apocalipse, um apocalipse pretendido, planejado e executado por indivíduos do governo,
aparentemente com o apoio total de alguns de seus aliados estrangeiros”, completou.
“É urgente inverter esta tendência catastrófica e enviar a Síria ao Tribunal Penal Internacional”,
disse o Alto Comissário.
Mas esta hipótese parece pouco provável, já que a instituição depende do Conselho de
Segurança, no qual a Rússia continua protegendo a aliada Síria.
O conflito na Síria começou em março de 2011 com a repressão de manifestações pró-
democracia. Com o passar dos anos se tornou uma guerra complexa, com a participação de
vários personagens. Mais de 340.000 pessoas morreram em quase sete anos.