Nova pesquisa realizada pela CNT/MDA divulgada na manhã desta terça-feira, 7, mostrou que
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue liderando as intenções de voto, mesmo com a
possibilidade de ser impedido pela Justiça Eleitoral de disputar as eleições presidenciais por ter
sido condenado em segunda instância no caso do tríplex do Guarujá. Nesta terça-feira, o STJ
julga pedido de Lula para evitar possível prisão do petista.
Na pesquisa estimulada, o petista lidera o cenário com 33,4%, seguido do deputado Jair
Bolsonaro (PSC-RJ), que marcou 16,8%, e Marina Silva, com 7,8%. O tucano Geraldo Alckmin
teria 6,4% no cenário com Lula na disputa, seguido de Ciro Gomes (PDT), com 4,3%. Já os
senadores Álvaro Dias (Podemos-PR) e Fernando Collor (PTC-AL) marcariam 3,3% e 1,2%,
respectivamente. A pesquisa ainda aponta o presidente Michel Temer com 0,9% das intenções
de voto, seguido de Manuela D´Ávila (PCdoB), com 0,7%, e Rodrigo Maia (DEM-RJ) com 0,6%.
O nome do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), não foi incluído na pesquisa.
Sem Lula, Bolsonaro lidera todos os cenários pesquisados para o primeiro turno. O deputado
aparece na pesquisa com uma média de 20% das intenções de votos em três situações, onde o
PT substitui Lula pela candidatura do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que aparece
com, no máximo, 2,4% das intenções de voto. Marina Silva é a que mais se aproxima de
Bolsonaro em uma eleição sem Lula, chegando a 13,9% das intenções de voto. Sem Lula,
Alckmin aparece com 8,7%. Já Ciro fica com 8,1%; Temer, 1,3%; e Maia varia entre 0,8% a
1,4%.
SEGUNDO TURNO
Em 14 cenários avaliados pela pesquisa CNT/MDA, Lula teria 44,5% das intenções de voto se
disputasse o segundo turno contra o tucano Geraldo Alckmin, que teria 22,5%. Com Bolsonaro,
Lula atingiria 44,1% das intenções de voto e o deputado chegaria a 25,8%. Se tiver na disputa,
Lula é o que tem mais chances de vitória contra qualquer outro candidato.
Sem Lula, Bolsonaro aparece praticamente empatado com todos os seus adversários. O
deputado teria 26,7% contra 24,3% de Alckmin, por exemplo. Com Marina Silva (Rede),
Bolsonaro teria 27,7% e a ex-senadora, 26,6%. Já contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), o parlamentar teria mais chances ainda: 32,2% contra 9,4%.
Na pesquisa espontânea, onde não é informado ao entrevistados as opções de escolha, Lula
aparece num cenário de primeiro turno com 18,6% das intenções de voto e Bolsonaro com
12,3%. Ciro Gomes (PDT) aparece com 1,7% e Alckmin com 1,4%. Segundo o levantamento,
20,4% disseram que votariam em branco e 39,7% aparecem como indecisos.
REJEIÇÃO
Sete pré-candidatos à Presidência aparecem com altos índices de rejeição – Lula é o mais
popular entre os presidenciáveis. Temer não receberia o voto “de jeito nenhum” de 88% dos
entrevistados. Maia não teria o voto de 55,8% dos eleitores, seguido de Marina (53,9%),
Alckmin (50,7%), Bolsonaro (50,4%), Ciro (47,8%) e Lula (46,7%).
Embora Lula tenha a menor rejeição entre sete possíveis adversários na disputa, 52,1% dos
entrevistados concordaram com a condenação do petista em segunda instância, contra 37,6%
que disseram que ele deveria ter sido inocentado. Para 52,5%, o petista não deveria disputar
as eleições e 43,3% acreditam que ele deveria ser autorizado pela Justiça Eleitoral a participar
do pleito de outubro.
Caso Lula seja impedido de disputar, 54,2% dos entrevistados disseram que não votariam em
alguém indicado por ele. Segundo o levantamento, 26,4% disseram que dependendo do
indicado, poderiam votar e 16,4% votariam em qualquer candidato indicado pelo petista.
A pesquisa CNT/MDA ouviu 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Estados, das cinco regiões
do País. A pesquisa foi feita entre 28 de fevereiro a 3 de março. A margem de erro é de 2,2
pontos percentuais com 95% de nível de confiança.