Parece que Daniela Vega é a mulher da vez. A atriz transexual chilena, estrela de Uma Mulher Fantástica, que levou a estatueta de melhor filme estrangeiro no Oscar 2018, além de ter sido a primeira transexual a apresentar uma categoria na premiação, está se tornando uma peça chave para garantir direitos às pessoas trans no Chile.
Por um equívoco do prefeito de sua cidade natal, Ñuñoa, em Santiago, Vega não pode receber o prêmio de cidadã ilustre. Na última terça-feira (7), dia em que a atriz desembarcou de volta de Hollywood, Andrés Zarhi disse, em rede nacional: A quem estaremos entregando o prêmio? Se temos a identidade de um homem, não podemos entregá-lo a uma mulher.
No mesmo dia, a atriz foi recebida pela presidente Michelle Bachelet, junto com o diretor Sebastian Lelio, em um evento no palácio presidencial de La Moneda. A atriz aproveitou para criticar a legislação do país. Atualmente, o Chile não permite a alteração do nome no registro civil por transexuais.
No meu documento de identidade está escrito um nome que não é meu, porque o país onde nasci não me dá a possibilidade. O tempo vai passando e estamos esperando, disse.
O direito à alteração do registro civil no Brasil
Por unanimidade, o plenário do STF (Superior Tribunal Federal), em 1° de março deste ano, decidiu que transexuais têm o direito de correção de nome e de gênero em documentos de registro civil mesmo sem a realização de cirurgia de mudança de sexo. A decisão irá servir de base para todo o País. Também não serão necessários decisão judicial autorizando o ato ou laudos médicos e psicológicos. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 54785