Dentro da Operação Verde Brasil 2, as Forças Armadas continuam empregadas na Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e para ações subsidiárias nas áreas de fronteira, nas terras indígenas, nas unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas federais nos estados da Amazônia Legal, visando a ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais, direcionada ao desmatamento ilegal e ao combate a focos de incêndio.
Além disso, as Forças desempenham um papel importante no enfrentamento à Covid-19 viabilizando a manutenção de respiradores de hospitais militares e civis, pertencentes aos sistemas de Saúde das Forças Armadas e das secretarias estaduais de Saúde; e promovendo Missões a comunidades indígenas em regiões isoladas em apoio à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde.
Veja o detalhamento de algumas ações:
Operação Verde Brasil 2
A partir da autorização presidencial contida no Decreto nº 10.341, de 6 de maio de 2020, foi elaborada a Diretriz Ministerial nº 09/2020, de 7 de maio de 2020, que determina o emprego das Forças Armadas na Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e para ações subsidiárias nas áreas de fronteira, nas terras indígenas, nas unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas federais nos estados da Amazônia Legal, visando a ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais, direcionada ao desmatamento ilegal e ao combate a focos de incêndio.
Dessa forma, foi deflagrada a chamada Operação Verde Brasil 2, onde militares e agentes de órgãos parceiros vêm promovendo diversas ações, como inspeção naval em embarcações, postos de bloqueio e controle de estradas, resultando em mais de 178 mil metros cúbicos de madeira ilegal confiscadas, além de maquinários pesados utilizados em atividades extrativistas, como tratores de esteira, escavadeiras e máquinas agrícolas. Até o momento, mais de R$ 1,58 bilhão foram aplicados em multas.
Foi atribuída ao Exército Brasileiro a missão de promover ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais, focada na redução do desmatamento ilegal e no combate a focos de incêndio nas áreas de fronteira, nas águas interiores, nas terras indígenas, nas unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas dos estados da Amazônia Legal que requererem, a fim de contribuir com a proteção e a preservação daquela região.
Principais números:
– Apreensões de madeira: 173.845,00 m3
– Autos e multas aplicadas: R$ 1.330.864.162,00
– Materiais apreendidos: 3.530 (39 escavadeiras, 1.549 tratores, 193 caminhões, 105 motosserras, 607 embarcações, 180 cabeças de gado, entre outros)
– Pessoas detidas: 170
– Apreensão de combustível: 29.521 litros
– Focos de incêndio combatidos: 1.839
Combate à Covid-19
A Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod) do Ministério da Defesa, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), promoveu missão conjunta que teve por objetivo viabilizar a manutenção de respiradores de hospitais militares e civis, pertencentes aos sistemas de Saúde das Forças Armadas e das secretarias estaduais de Saúde, de forma a colaborar no combate ao coronavírus. As empresas que integram a CNI colocaram-se à disposição do Ministério da Defesa para contribuir com a manutenção de respiradores, de forma gratuita, com a contrapartida de transporte.
Os benefícios para a sociedade são evidenciados pela necessidade de respiradores em número suficiente para atender à população. Assim, o ministério não mediu esforços para apoiar todas as demandas apresentadas. Até o início do mês de novembro, a ação, que também envolve a indústria automotiva e outros órgãos do Governo Federal, recuperou quase 2,5 mil aparelhos respiradores que foram devolvidos às instituições de Saúde de todo o país.
Saúde indígena
Foram promovidas várias ações de Atenção à Saúde a comunidades indígenas em regiões isoladas para enfrentamento à Covid-19 em apoio à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde. A coordenação está a cargo do Ministério da Defesa, que emprega recursos humanos, instalações e meios aéreos, terrestres e navais da Marinha, do Exército, da Aeronáutica e do Hospital das Forças Armadas (HFA).
Para todas as missões que se destinaram especificamente para as áreas indígenas, foram promovidos pelo ministério meticulosos planejamentos, envolvendo deslocamento, divulgação para as comunidades pela Sesai das datas e locais de atendimento e, compulsoriamente, procedimentos de segurança biológica, visando à proteção tanto dos indígenas quanto das equipes que compunham as Missões.
Foram promovidas 18 Missões em: São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga, Alto Rio Negro (Cabeça do Cachorro) e Vale do Javari (Atalaia do Norte) (AM); Macapá, Tiriós e Caiapó (AP); Roraima (Missão Yanomami) e Ingarikó (RR); Xavante (MT); Miranda (MS); Maranhão (MA); Alto Juruá (AC); e Guamá-Tocantins (PA).
As Missões envolveram 330 profissionais de Saúde, deslocados para regiões isoladas onde vivem cerca de 150 mil indígenas, totalizando cerca de 67 mil atendimentos médicos, procedimentos de enfermagem, triagens e exames, fornecimento de 47,4 toneladas de insumos de Saúde, Equipamentos de Proteção Individual (EPI), medicamentos e testes, bem como cestas básicas e outros donativos, em apoio à ação interministerial no combate à doença.
Projeto F-X2
O Projeto F-X2 prevê a aquisição de 36 aeronaves de caça Gripen NG para a Força Aérea Brasileira.
A empresa sueca SAAB é a responsável por desenvolver a aeronave em parceria com a indústria aeroespacial brasileira que, dentro de um programa de transferência de tecnologia, prepara-se para produzir partes e para montar as últimas unidades da Gripen aqui no Brasil. A entrega do primeiro lote de aeronaves está prevista para outubro de 2021.
Esse projeto visa a fortalecer ainda mais a defesa do espaço aéreo brasileiro e alavancar as oportunidades de negócios para a indústria aeronáutica nacional a partir da cooperação técnica e comercial entre o Brasil e a Suécia.
– Ag. Brasil – YWD 12825