Conforme a portaria, poderão receber o contraceptivo mulheres em idade fértil em situação de rua; com HIV/AIDS em uso de dolutegravir; em uso de talidomida; privadas de liberdade; trabalhadoras do sexo; e em tratamento de tuberculose em uso de aminoglicosídeos.
Ao pedir o debate, as parlamentares ponderaram que a decisão de incorporar o método contraceptivo não envolveu o público que poderá ter acesso a ele gratuitamente.
“É necessário que se discuta, de maneira transparente e participativa, não somente a incorporação da tecnologia pelo SUS, mas também a implementação da Lei de Planejamento Familiar, a universalização das políticas destinadas a garantir às mulheres o acesso livre e esclarecido aos métodos contraceptivos, estratégias de controle de natalidade e mesmo a esterilização das mulheres mais pobres, que pode ser uma consequência direta da execução dessa Portaria, caso não haja rigoroso controle social”.
Participarão do evento:
– a representante do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Corina Helena Figueira Mendes;
– a representante do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas Silvia Andrea Vieria Aloia;
– a representante da Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos Ligia Cardieri;
– a vice-presidente da Central Única de Trabalhadoras Sexuais, Santuzza Alves de Souza;
– a representante da Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade, Thais Machado Dias;
– a ex-procuradora federal dos Direitos do Cidadão Deborah Duprat; e
– a conselheira nacional de Saúde Débora Raymundo Melecchi.