Relatora, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) afirmou que muitos secretários de Saúde têm reclamado da forma como o governo federal tem direcionado os imunizantes, desrespeitando a proporcionalidade da população do ente em relação ao País.
“A diferença na distribuição das doses seria um dos motivos da divergência na cobertura vacinal nos mais variados estados brasileiros”, declarou.
O assessor técnico do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Alessandro Aldrin, disse que os gestores locais tiveram de realizar a vacinação muitas vezes sem um número adequado de de doses.
“Para proteger casos graves e evitar internações, a gente optou por aqueles cidadãos que tinham mais riscos. O que temos de fazer agora é um ajuste de contas”, declarou.
Ministério da Saúde
A chefe da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Melo, explicou que o plano de vacinação foi elaborado ainda no ano passado e, em um primeiro momento, por causa do número reduzido de doses, foram definidos 27 grupos prioritários, que representam 77 milhões de pessoas.
Como essas pessoas estão distribuídas de maneira desigual em todo o País, é por isso, segundo Rosana Melo, que os percentuais de vacinados variam muito de um estado para o outro. No entanto, com a vacinação avançando mais rapidamente, a secretária espera que os estados atinjam o mesmo patamar de vacinação, e que até o fim de setembro todos os brasileiros estejam vacinados com pelo menos uma dose.
“Estamos agindo da melhor forma possível e sempre pensando na equidade de estados e municípios, mas respeitando a eficiência que alguns deles estão desempenhando magnificamente no nosso processo de vacinação contra a Covid”, comentou.
Importância da vacinação
Representante do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), Fernando Campos lembrou que é preciso fazer um esforço para imunizar a toda a população.
“Temos de fortalecer a atenção primária, que tem um papel fundamental na busca pelas pessoas que não tomaram a segunda dose. E estimular todos a se vacinarem”, destacou.
O presidente da comissão, deputado Dr. Luiz Antônio Teixeira (PP-RJ), afirmou que é preciso corrigir o número de doses, como forma de garantir a vacinação ampla e universal. Ele defendeu ainda a antecipação da segunda dose como forma de garantir a proteção dos mais velhos.