O Projeto de Lei Nº 045/2021, de autoria do Poder Executivo, que revoga a Lei Municipal 1.478/1995, foi tema de audiência pública, realizada na tarde desta terça-feira, 21, por iniciativa do vereador José Filho, que é Presidente da Comissão Permanente de Habitação da Câmara.
A proposta de lei tem como objetivo revogar uma lei que autorizava o Poder Público a desafetar área pública de uso comum e doá-la para a Empresa Comercial 3 de Julho, situada no Setor Conde dos Arcos, com frente para a Av. Frutal, Ruas Triângulo e Sapucaia.
Ocorre que, como a empresa beneficiária não cumpriu com os encargos estabelecidos na lei e a doação não se concretizou efetivamente, é necessário fazer a revogação da lei para que o imóvel em questão volte a ser propriedade do município de Aparecida de Goiânia.
O propositor da audiência lamentou que a empresa não promoveu a função social da área recebida.
“A gente gostaria que a empresa tivesse dado a devida importância, mas ela nem sequer pagou os impostos daquele loteamento. Então, essa devolução da para a Prefeitura será bem vinda e muito bem utilizada”, pontuou José Filho.
O relator da Comissão de habitação da Câmara, vereador Marcos Miranda, também apontou a inércia da pessoa jurídica, que foi agraciada com a doação, ao não cumprir com os requisitos e que, assim, restou ao poder público exercer seu papel e requisitar de volta a propriedade.
Em consonância, o vereador Diony Nery destacou a importância da revogação diante de tamanho descaso.
“É de grande importância a revogação por conta da negligência da empresa, uma vez que em vários anos nada foi feito no lote e a Prefeitura precisa de novas áreas para realizar importantes obras, como Cmeis, unidades de saúde etc”, criticou o vereador.
Em nome do Poder Executivo, autor do Projeto de Lei, o Secretário de Planejamento e Regulação Urbana, Júlio César, explicou que antes de propor a matéria foi feita uma pesquisa que constatou que não houve nenhuma solicitação pela empresa de licenças do município e também não houve nenhum recolhimento de impostos, o que permitiu requisitar a volta da propriedade para a Prefeitura.
Por fim, o servidor Antonio Brito, representando a Secretária de Desenvolvimento Econômico, Valéria Frazão, atentou para a necessidade dos órgãos responsáveis realizarem um levantamento de áreas doadas pelo município, com intuito de encontrar casos semelhantes, onde os beneficiários não deram o devido uso ao imóvel.
Departamento de Comunicação