Na Ordem do Dia da sessão ordinária desta quinta-feira, 9, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, a deputada Bia de Lima (PT) fez ponderações à fala de Fred Rodrigues (DC) sobre questões de gênero.
“Ontem, no Dia Internacional da Mulher, estávamos discutindo a presença, a participação, a igualdade da mulher nos espaços na polícia, no Judiciário, na política. Estamos superando entraves. Portanto, usar argumentos frágeis não ajuda. Nós mulheres defendemos o direito legítimo a essa igualdade, ao pertencimento, ao respeito”, afirmou.
Bia de Lima disse não ser contrária à proposição no 124/23, de Rodrigues, que veda o bloqueio puberal e a hormonioterapia cruzada em menores de 18 anos, para transição de gênero, em toda a rede de saúde pública e privada do estado de Goiás.
“Não faço defesa da transposição de sexo em idade inferior a 18 anos”, disse a deputada, explicando acreditar que a família deve ter responsabilidade em relação ao tema e que “a legislação já orienta nesse sentido”. Ela defendeu, porém, a comunidade LGBTQIA+ e matizou que “é preciso dar oportunidade a essas pessoas de expressarem o quanto são excluídas, marginalizadas. Estamos debatendo, inclusive, no Conselho Estadual de Educação, o direito de haver, na chamada [em sala de aula], o nome social”.
“São questões que nós aqui da Assembleia Legislativa a respeito teremos que aprofundar e ouvir quem de fato possa colocar melhor cada um desses pontos tão difíceis de tratar em uma sociedade tão tradicional, machista, patriarcal”, prosseguiu, concluindo ser preciso “garantir a cada um o direito de ser quem desejar ser”.
Bia de Lima pede aprofundamento de discussão sobre diversidade sexual
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