Na sua fala na Ordem do Dia desta quinta-feira, 16, o deputado Fred Rodrigues (DC) fez ponderações ao projeto de lei no 957/22, do deputado Gustavo Sebba (PSDB), que garante, no estado de Goiás, prioridade de tramitação às apurações de crimes contra a vida que tenham mulheres como vítimas.
Rodrigues acredita que “há boa intenção, mas temo que acabe causando o efeito reverso, prejudicando as mulheres em certo sentido”. “A primeira crítica é que precisaria ser definido aqui qual o conceito de mulher”, disse, levantando a questão das mulheres transexuais e perguntando se a autodeclaração delas bastaria.
Sua outra crítica foi a de que, se foi detectado haver demora na apuração dos crimes, é preciso solucionar essa demora em vez de utilizar o sexo como critério de prioridade de apuração, porque então “toda a sociedade está sofrendo, o problema é na apuração, é provavelmente no instituto [que apura]”, e o critério de gênero se torna “apenas um paliativo”.
Ele argumentou, por fim, que uma mãe, avó ou irmã que tenha um filho, neto ou irmão homem vítima de crime não gostaria de ver a apuração desse crime preterida por outras.
Fred Rodrigues se diz contrário à apuração prioritária de crimes contra a vida que tenham mulheres como vítimas
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