Nesta segunda-feira (20), o ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) anunciou que o Ministério Público de Goiás (MPGO) solicitou o arquivamento de 20 das 24 ações que o investigavam por improbidade administrativa. Em entrevista, Perillo afirmou que os processos foram movidos como forma de perseguição e que as ações poderiam trazer inelegibilidade política.
De acordo com o ex-governador, as ações tratavam de supostas irregularidades nos incentivos fiscais concedidos em seu governo, além de obras rodoviárias. Uma das ações também havia pedido o bloqueio de R$ 550 milhões em bens.
João Paulo Brezinski, advogado que defende Marconi, destacou que o arquivamento das ações é importante pois poderia deixar o ex-governador inelegível no futuro. “Essa é a prova inequívoca do quanto podem tentar podem fazer injustiça com outras pessoas por motivações políticas”, comentou Marconi.
Os processos tiveram consequências políticas e econômicas com grande peso nos resultados eleitorais e no crescimento econômico em Goiás. O ex-governador fez uma análise sobre os riscos do ativismo jurídico em setores isolados dos órgãos de controle e fiscalização, servindo como uma reflexão para o aprimoramento das instituições.
Os processos arquivados tratavam de obras rodoviárias e da concessão de incentivos fiscais ao setor sucroalcooleiro. O TCE-GO encerrou, por unanimidade, processo relacionado a Tomada de Contas Especial instaurada pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) relacionada a obras de pavimentação de trecho da GO-230 entre Água Fria de Goiás e Mimoso de Goiás. Já o MP arquivou, após seguidas derrotas na justiça, uma série de ações relacionadas a benefícios fiscais concedidos ao setor sucroalcooleiro do Estado.