Na manhã desta sexta-feira, 19, a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) está sendo palco de sessão solene para entrega do Certificado de Mérito Legislativo em homenagem aos defensores públicos do estado de Goiás, por ocasião do Dia da Defensora e do Defensor Público, celebrado anualmente em 19 de maio.
Fernanda da Silva Rodrigues Fernandes, diretora presidente da Associação Goiana das Defensoras e Defensores Públicos (AGDDP), traçou paralelos entre o papel da Defensoria Pública e a filosofia da alemã Hannah Arendt (1906-1975), que valoriza a capacidade humana de iniciar algo novo, como um sinal de esperança e de transformação.
“A condição humana, como Hannah Arendt nos ensina, é marcada pela capacidade de agir e iniciar algo novo. E é nesse sentido que vejo a Defensoria Pública. Não é à toa que nossa cor é verde, a cor da esperança”, afirmou Fernanda Fernandes.
A defensora enfatizou a importância do trabalho da Defensoria Pública como instituição capaz de incitar um recomeço e trazer esperança para diversas pessoas e situações. Ela lembrou que a Defensoria é uma “instituição que foi criada em um contexto de um novo começo, da promulgação da Constituição federal de 88” e que leva “esperança aos que estando absorvidos na luta de satisfazer suas necessidades corporais, não raros se envolvem com delitos de furto, com o seu próprio corpo e a sua alma também não raro são alvos de tortura”.
A diretora destacou o trabalho desenvolvido por diferentes áreas da Defensoria, mencionando desde a defesa dos direitos humanos até as vítimas de violência doméstica e as crianças que sofrem com a falta de acesso à educação. “O artigo 134 da Constituição menciona que a Defensoria é a instituição que é instrumento, expressão do regime democrático. Somos nós a própria materialização desse estado democrático de direito”, enfatizou.
Fernanda Fernandes mencionou o esforço e sacrifício pessoal dos defensores e defensoras, mas destacou a importância de continuar acreditando e perseguindo a vocação constitucional. Ela mencionou o avanço representado pela recente admissão de 45 novos defensores e defensoras na instituição, reforçando a mensagem de renovação e esperança.
“A Defensoria Pública de Goiás, já penúltima do país a ser instituída, está em um constante processo de iniciar, de trazer novas mensagens de encorajamento, não só para os necessitados que defende, mas também internamente. Com menos de um ano na gestão, somos mais 45 novos defensores e defensoras públicas que trazem consigo, de forma inegável e inequívoca, o espírito do novo e suas consequências de avanços e sensibilidade em servir”, disse a presidente da AGDDP.
Em sua palavras finais, Fernanda Fernandes deixou uma mensagem de resistência e esperança: “A verdadeira mensagem de esperança é a da possibilidade de sempre recomeçar. Então termino aqui falando que não é à toa que nossa cor é verde. Viva a Defensoria!”