Uma investigação conduzida pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira (FAB) concluiu que o acidente ocorrido em Arapongas, no norte do Paraná, resultou de uma inadequada aplicação dos comandos de voo por parte do piloto, que não possuía habilitação. O acidente, que aconteceu em junho de 2022 no Aeroporto Municipal da cidade, resultou na morte do instrutor de paraquedismo Luiz Carlos Vieira, de 51 anos, que estava pilotando a aeronave. A investigação, encerrada em setembro de 2023, revelou que o piloto permitiu que Vieira assumisse o comando da aeronave, contribuindo para o acidente.
O relatório de investigação, obtido pelo [nome do veículo] e a RPC, revelou que o piloto não possuía licença para pilotar a aeronave, embora tivesse o registro de piloto. A investigação concluiu que, após um primeiro toque na pista, o piloto tentou realizar uma arremetida, mas perdeu o controle do avião. A falta de habilitação, aliada à inadequada aplicação dos comandos de voo, resultou na perda do controle da aeronave. O documento apontou que a atitude complacente do piloto em permitir que uma pessoa não habilitada assumisse os comandos caracterizou uma negligência em relação à segurança da operação.
A investigação do Cenipa não identificou falhas mecânicas na estrutura do avião e constatou que as condições climáticas no momento do acidente eram favoráveis. Testemunhas relataram que a aeronave ficou sobre o corpo de Luiz Carlos Vieira, enquanto as outras duas pessoas a bordo sobreviveram aos ferimentos. O acidente destaca a importância do cumprimento das regulamentações e normas de segurança na aviação, visando prevenir tragédias como essa.