O contrato futuro mais líquido do ouro registrou uma queda de cerca de 1% na sessão desta terça-feira, 16. Esse declínio foi impulsionado pelo avanço do dólar em relação a outras moedas e pelo aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. A queda foi acentuada após o diretor do Federal Reserve (Fed), Christopher Waller, prever um corte de juros menor do que o esperado pelo mercado em 2024. Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro de 2024 encerrou em queda de 1,04%, a US$ 2.030,20 por onça-troy.
Segundo o analista Craig Erlam, da Oanda, o ouro está enfrentando dificuldades para gerar um novo impulso em relação aos recordes anteriores. A reversão rápida do recorde sugere que os preços estão lidando com um limiar psicológico significativo. Além disso, o Commerzbank destaca que a busca por ativos seguros terá um papel menos importante no curto prazo, uma vez que as expectativas de cortes mais agressivos de juros pelo Fed estão diminuindo. Ainda que os conflitos no Oriente Médio não estejam exercendo uma influência significativa nos ativos. Por outro lado, o TD Securities avalia que a atividade de compra extremamente forte na China oferece algum suporte à commodity, com os principais investidores em Xangai aumentando suas posições. O acompanhamento indica que os dez principais traders de ouro da Bolsa de Xangai já adicionaram quase 10 toneladas de ouro às suas posições líquidas desde as celebrações do Ano Novo, totalizando 23 toneladas desde novembro. O banco canadense também destaca que a atividade de venda limitada de outros grupos sugere que a desvantagem do ouro está limitada.