O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, expressou sua indignação em relação à suposta distorção criminosa feita pela Polícia Federal (PF) durante uma operação contra espionagem ilegal na agência. Segundo Corrêa, a PF interpretou de forma distorcida uma reunião que ele teve com oficiais de inteligência no ano passado. O relatório da PF alega que o encontro visava boicotar as investigações, enquanto Corrêa afirma que seu objetivo era resolver uma crise interna e garantir que os depoimentos não violassem os sigilos profissionais dos servidores da Abin.
Durante o dia, Luiz Fernando Corrêa acompanhou a operação da PF contra a suposta espionagem ilegal na Abin e se reuniu duas vezes com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para discutir a situação. Corrêa ligou para o diretor-geral da PF e o chefe da inteligência para expor a situação dos oficiais de inteligência, que temiam depor devido à revelação de suas identidades e métodos de trabalho. O diretor-geral da Abin afirmou que a PF concordou em identificar os oficiais em depoimentos apartados, preservando suas identidades. Enquanto Corrêa afirma que a reunião tinha como objetivo garantir que todos os oficiais depusessem, a PF descreve a reunião como uma tentativa de acalmar a situação.
Embora não tenha havido menção de demissão por parte de Corrêa ou pedido de renúncia por parte do ministro, a Abin enfrenta controvérsias em relação a essa operação de espionagem ilegal. A versão de Corrêa difere da descrita pela PF, e a situação destaca a tensão entre as instituições envolvidas.