Um estudo realizado por Pablo Ortellado, professor da USP, revelou que cerca de um terço das publicações no antigo Twitter, agora chamado de X, sobre as enchentes no Rio Grande do Sul buscam descredibilizar o poder público. Mensagens disseminam a ideia de que o governo estaria criando obstáculos para a ajuda às vítimas, exigindo licenças e notas fiscais. A desinformação se espalha também em grupos de WhatsApp e Telegram, com fake news sobre a entrada de doações no estado.
Outro relatório da empresa Palver destacou que a mentira sobre a Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul bloquear doações devido à falta de notas fiscais foi amplamente compartilhada em redes sociais. Ofensas homofóbicas ao governador Eduardo Leite e menções ao ex-presidente Lula também se destacaram. Diante do cenário, o governo federal mobilizou a Polícia Federal, a AGU e a Secretaria Nacional do Consumidor para combater a desinformação, com a abertura de um inquérito para investigar a divulgação de conteúdos falsos sobre as enchentes no estado.
A iniciativa de combate à desinformação ganha força com a criação de uma sala de situação para monitorar e combater as fake news, que têm impacto negativo no trabalho das instituições que atuam no resgate e ajuda às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. O esforço conjunto busca garantir a veracidade das informações divulgadas e evitar que a desinformação prejudique as ações de socorro em meio à tragédia que assola a região.