Um levantamento realizado pela RPC revelou que nenhum deputado federal ou senador do Paraná destinou emendas parlamentares para a prevenção de desastres naturais e mudanças climáticas no estado, de janeiro de 2023 a maio de 2024. Isso contrasta com a realidade vivenciada pela região, que nos últimos anos enfrentou uma série de eventos climáticos extremos, como enchentes, deslizamentos e até mesmo um tornado em Cascavel. O número de ocorrências relacionadas ao clima tem aumentado significativamente, impactando milhões de pessoas e resultando em fatalidades.
O governo federal repassou pouco mais de R$ 18,1 milhões a 25 municípios paranaenses no ano passado para ações de gestão de risco de desastres e defesa civil. Entretanto, o investimento em prevenção ainda é insuficiente, com apenas duas cidades recebendo verbas para projetos de prevenção de inundações, enxurradas e alagamentos entre 2023 e 2024. Especialistas ressaltam a importância de priorizar a prevenção, destacando que os custos envolvidos são menores do que os necessários para a recuperação após desastres.
Diante da falta de investimento em prevenção a desastres no Paraná, a sociedade enfrenta desafios crescentes relacionados à vulnerabilidade climática. A necessidade de um planejamento e organização eficazes para mitigar os impactos dos eventos extremos é evidente, conforme alertam especialistas em gestão de risco de desastres e mudanças climáticas. A ausência de recursos direcionados à prevenção coloca em risco a segurança e o bem-estar das comunidades locais frente à crescente frequência e intensidade dos eventos climáticos.