Carlos Wolfart, catarinense que veio ao Rio Grande do Sul para ser padrinho de casamento, foi uma das vítimas das enchentes que assolaram o estado. Após ser levado pela correnteza, ele enviou um comovente áudio à família enquanto aguardava resgate agarrado a uma árvore em meio ao alagamento. O corpo de Carlos foi encontrado oito dias após o incidente, deixando a esposa e os dois filhos ilhados no sítio onde estavam, sendo posteriormente resgatados de helicóptero.
A tentativa de resgate por parte do noivo e de amigos com motos aquáticas foi em vão, e Carlos acabou sendo levado pela correnteza antes que pudessem alcançá-lo. Sua irmã relatou que o cunhado, prestes a se casar, mobilizou todos os esforços para salvar Carlos, porém sem sucesso. O catarinense será enterrado sem velório, com previsão de chegada do corpo em sua cidade natal e cerimônia de sepultamento no interior do município.
A tragédia de Carlos Wolfart se soma a um cenário devastador, com mais de cem mortos e dezenas de desaparecidos no Rio Grande do Sul em decorrência das enchentes. Sua família destaca o seu caráter amoroso e presente, ressaltando sua dedicação aos filhos e à comunidade. A perda de Carlos representa mais uma história trágica em meio à catástrofe que assolou a região, colocando em evidência a dimensão do sofrimento provocado pelas fortes chuvas e inundações.