O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) iniciou uma ação civil pública contra o governo estadual devido à escassez de medicamentos e insumos básicos no Hospital Barão de Lucena, a principal emergência pediátrica do estado. A unidade enfrenta superlotação das UTIs infantis e suspensão de cirurgias eletivas desde janeiro, resultando em graves consequências para o atendimento de crianças com doenças respiratórias.
Segundo o presidente do Cremepe, Mário Jorge Lôbo, a situação crítica perdura há mais de um ano, com denúncias de desabastecimento e falta de medicamentos essenciais, inclusive para gestantes. Após tentativas de diálogo sem sucesso com a Secretaria Estadual de Saúde, a entidade moveu a ação para garantir o restabelecimento dos suprimentos hospitalares e a oferta de leitos de emergência e terapia intensiva para crianças com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Diante da inércia do governo em resolver a crise, o Cremepe tomou medidas legais para assegurar o cumprimento do dever social do estado. A falta de resposta da Secretaria de Saúde levou à interdição dos serviços eletivos na unidade, impactando diretamente o atendimento aos pacientes. A mobilização do conselho reflete a gravidade da situação e a urgência em garantir o acesso a tratamentos adequados no Hospital Barão de Lucena em meio à crescente demanda por cuidados pediátricos.