A Justiça da Paraíba condenou 13 pessoas, incluindo o ex-presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Amadeu Rodrigues, e o ex-vice-presidente do Botafogo-PB, Breno Morais, por envolvimento em manipulação de resultados no futebol paraibano, desencadeando desdobramentos da Operação Cartola. As condenações, relacionadas a crimes como falsidade ideológica e manipulação de competições esportivas, resultaram em penas de reclusão, multas e prestação de serviço à comunidade para os réus, que ainda podem recorrer da decisão.
A investigação apontou a existência de uma suposta organização criminosa que controlava e manipulava jogos e resultados no futebol profissional da Paraíba, envolvendo dirigentes de clubes, árbitros, membros da FPF e do Tribunal de Justiça Desportiva. As irregularidades, que vinham ocorrendo há uma década, incluíam fraudes nos sorteios de árbitros, intimidação de testemunhas e uso de documentos falsos. A divisão de tarefas e a manipulação de aspectos do jogo, como faltas e pênaltis, eram estratégias adotadas para favorecer resultados específicos.
Os réus, além de serem condenados a penas de reclusão e multas, tiveram suas penas de prisão substituídas por prestação de serviço à comunidade e multas em benefício de instituições de caridade. A decisão da Justiça da Paraíba não determinou o afastamento dos condenados de seus cargos, alegando falta de comprovação de organização criminosa. A Operação Cartola, que envolveu investigação por falsidade ideológica e manipulação de resultados, revelou um esquema complexo que impactou o cenário do futebol paraibano e resultou em significativas repercussões legais.