As enchentes que assolam o Rio Grande do Sul têm gerado preocupação entre os consumidores de Campinas, especialmente em relação ao abastecimento de arroz. O temor de escassez levou alguns clientes a comprarem grandes quantidades do cereal, levando supermercados da região a restringirem a compra por CPF como medida preventiva. Apesar disso, tanto a Associação Paulista de Supermercados quanto o economista Pedro de Miranda Costa garantem que não há risco de desabastecimento, com uma safra já colhida capaz de suprir o país por cerca de três meses.
O comportamento especulativo dos consumidores, ao adquirirem arroz em grandes volumes sem necessidade, tem impactado o preço do produto. Além disso, a oscilação do mercado também afetou o valor da batata, outro alimento com grande produção no Sul. Em apenas quatro semanas, o preço do quilo da batata na Ceasa de Campinas subiu de R$ 5,20 para R$ 7,60, um aumento de 46,1%. O economista ressalta a natureza volátil do preço da batata e alerta contra compras precipitadas a preços elevados, destacando o comportamento especulativo em momentos de crise.
Enquanto o Rio Grande do Sul enfrenta uma tragédia com 126 mortos e centenas de desabrigados e desalojados, a mudança climática tem intensificado as chuvas na região, agravando a situação. Com mais de 440 municípios relatando problemas decorrentes das chuvas e quase 2 milhões de pessoas afetadas, a solidariedade e a atenção às medidas preventivas de abastecimento se tornam essenciais diante do cenário de crise.