Um levantamento da associação Contas Abertas revelou que, até 2 de maio, apenas 19% dos R$ 2,6 bilhões destinados à prevenção e combate a desastres naturais em 2024 foram utilizados no Brasil. O documento aponta que gastos com obras emergenciais superam as ações de prevenção, gerando críticas sobre a falta de efetividade no enfrentamento das tragédias recorrentes. A dificuldade das prefeituras em desenvolver projetos complexos e a baixa execução de emendas parlamentares para ações preventivas são destacadas como obstáculos.
Enchentes no Rio Grande do Sul afetaram mais de 80% dos municípios, resultando em mortes e milhares de desabrigados. O estado enfrenta uma situação de calamidade, com poucos recursos direcionados à prevenção e recuperação de desastres, enquanto os gastos com reconstrução superam significativamente as ações preventivas. A falta de investimento efetivo em medidas preventivas é ressaltada como um padrão nos programas orçamentários, o que levanta a necessidade de um plano abrangente de reconstrução para a região.
O governo anunciou um pacote de verbas adicionais para contenção de encostas e drenagem urbana, porém, a baixa utilização dos recursos disponíveis até o momento levanta questionamentos sobre a eficácia dos programas de prevenção e resposta a desastres. A necessidade de agilizar o repasse de recursos para as cidades afetadas e a importância de um planejamento eficiente para lidar com desastres naturais são destacados como medidas urgentes diante do cenário de desafios enfrentados no Brasil.