Profundas divisões na sociedade israelense foram evidenciadas em protestos contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu durante o Memorial Day, data que simboliza a união nacional. Familiares de reféns em Gaza lideraram manifestações hostilizando Netanyahu, o ministro da Defesa e outros membros do governo. O clima de indignação e constrangimento se espalhou por cerimônias em todo o país, com manifestantes virando as costas e expressando revolta diante das autoridades, inclusive de baluartes da extrema direita que apoiam o governo.
Os protestos, que ocorreram em um dia tradicionalmente marcado pela união, desafiam o governo israelense e destacam a voz dos parentes dos reféns como protagonistas da mudança na opinião pública. Eles clamam por um acordo com o Hamas para a libertação dos sequestrados, questionando a estratégia militar adotada pelo governo e apelando por uma solução que ponha fim à guerra em Gaza. A pressão popular e a crescente insatisfação com a abordagem do governo ganham destaque, levando a reflexões sobre o caminho a ser seguido para alcançar a libertação dos reféns e estabelecer a paz na região.
Com quase 220 dias de conflito e poucos progressos na libertação dos reféns, a narrativa oficial do governo israelense é posta em xeque. Familiares de soldados convocados para a incursão em Rafah expressam preocupação e pedem o cancelamento da ofensiva, considerando-a uma armadilha mortal. A voz de Einav Zangauker, mãe de um refém e líder do movimento contra o governo, ressoa como um símbolo da luta dos parentes dos sequestrados, ecoando o apelo por um acordo que traga a libertação dos reféns e o fim do conflito armado.