A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou situação crítica de escassez de água na Bacia do Paraguai, onde se localiza o Pantanal, abrangendo parte dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A medida, aprovada por unanimidade, estará em vigor até 30 de outubro, podendo ser prorrogada após avaliação dos resultados. Enquanto isso, o Rio Grande do Sul enfrenta as consequências da maior enchente de sua história, com centenas de vítimas fatais e desaparecidos.
A declaração de escassez hídrica na região permite a adoção de medidas preventivas e de mitigação de impactos, incluindo a possibilidade de novas regras de uso dos reservatórios e a cobrança de taxas relacionadas à falta de água. Com um déficit pluviométrico de quase 30% entre outubro de 2023 e abril de 2024, a situação é agravada pelas previsões de chuvas abaixo da média para os próximos meses. A ANA alerta para a grave seca no Mato Grosso, evidenciada pelo baixo nível de vazão dos rios na região.
Além disso, a ANA irá comunicar a situação de escassez hídrica aos países vizinhos que compartilham a Bacia do Paraguai: Paraguai, Argentina e Bolívia. Esta bacia, que abrange parte significativa dos estados brasileiros mencionados, desempenha um papel crucial na economia, com uma hidrovia de 3.442 km utilizada para transporte de minério, soja e outros produtos de exportação, além de atividades de pesca, turismo e geração elétrica.