Uma perícia da Polícia Federal revelou que o relógio histórico de Balthazar Martinot, trazido por Dom João VI em 1808, foi danificado durante dois ataques no Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023. O artefato, feito de casco de tartaruga e bronze raro, tornou-se alvo de vandalismo por manifestantes, incluindo um indivíduo identificado como Antônio Cláudio Alves Ferreira, que foi preso. Além do relógio, outras obras de arte e peças valiosas, como o quadro “As mulatas” de Di Cavalcanti e a escultura “O Flautista” de Bruno Jorge, também foram danificadas durante os ataques.
Os invasores ocuparam o 3º andar do Palácio do Planalto, onde vandalizaram o relógio de Dom João VI em dois momentos distintos, conforme registrado pelas câmeras de segurança. Após os ataques, manifestantes chegaram a recolocar o relógio danificado em seu lugar, mas ele foi derrubado novamente por um segundo indivíduo não identificado. O relógio, um presente da Corte Francesa para Dom João VI, é uma peça rara do século XVII, sendo um dos dois exemplares existentes do relojoeiro Balthazar Martinot, cujo valor não foi divulgado.
Além do relógio histórico, outras obras de arte e móveis valiosos no Palácio do Planalto foram alvo de destruição e vandalismo durante os ataques, incluindo obras de Di Cavalcanti, Bruno Jorge e Jorge Eduardo. Os danos ao patrimônio cultural e histórico foram significativos, com peças avaliadas em milhões de reais sendo encontradas danificadas. Os ataques geraram repercussão e preocupação em relação à segurança e preservação do patrimônio no local, destacando a importância de medidas para proteger essas preciosidades históricas.