O artigo “De onde vem o que eu como” explora como as espécies sensíveis ao calor, tradicionalmente encontradas em climas frios, estão prosperando em meio às altas temperaturas da Chapada Diamantina, no Nordeste do Brasil. Frutas como amora, mirtilo e framboesa, outrora restritas ao sul do país e regiões de clima temperado, agora são cultivadas com sucesso na região, graças a técnicas inovadoras como o estresse hídrico e o uso de casca de arroz nas raízes das árvores.
Os produtores na região de Mucugê, na Bahia, adotam práticas como o estresse hídrico para estimular o crescimento e fortalecimento das árvores de amora, além de colher as framboesas nas primeiras horas da manhã para preservar sua frescura. O mirtilo, conhecido como blueberry, é cultivado em sacos de casca de arroz para controlar a umidade do solo, proporcionando um ambiente ideal para o seu desenvolvimento. Essas técnicas têm permitido a produção bem-sucedida de frutas vermelhas em um cenário de ecossistema diversificado, que combina elementos da Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
A matéria destaca a importância da inovação e adaptação na agricultura, revelando como os produtores da Chapada Diamantina estão explorando novas fronteiras para o cultivo de frutas vermelhas no Nordeste brasileiro. Com temperaturas que podem atingir os 32°C, essas frutinhas sensíveis ao calor encontram um lar improvável nessa região marcada por sua riqueza e diversidade natural, desafiando as expectativas e expandindo as possibilidades da produção agrícola local.