O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados aprovou o parecer do deputado Albuquerque que recomenda uma censura verbal ao deputado Delegado da Cunha, do PP-SP. A censura verbal, prevista no Código de Ética da Casa, será aplicada pelo presidente da Câmara ou por um presidente de comissão, em caso de má conduta nas dependências do parlamento. A votação, com 13 votos a favor e 5 contra, resultou no arquivamento da Representação 3/24 do Psol, que acusava Delegado da Cunha de quebra de decoro parlamentar após denúncia de agressão feita pela ex-companheira.
Após a decisão do Conselho de Ética, Delegado da Cunha pediu desculpas publicamente à ex-companheira e aos filhos, reconhecendo o desgaste público resultante do episódio. A maioria dos membros do Conselho considerou que o caso ainda está sob investigação, optando por aguardar os desdobramentos. No entanto, houve recomendações favoráveis à censura ao deputado, com parlamentares ressaltando a importância de repudiar a violência contra as mulheres e exigir conduta adequada de figuras públicas tanto dentro quanto fora de casa.
A reunião do Conselho de Ética destacou a sensibilidade em relação aos casos de violência contra as mulheres, enfatizando a necessidade de responsabilização e repúdio a tais atos. Os parlamentares presentes ressaltaram a gravidade do tema e a importância de manter padrões éticos e de conduta elevados, especialmente para representantes públicos. A censura a Delegado da Cunha foi decidida como medida disciplinar, enquanto o caso permanece em investigação para possíveis desdobramentos futuros.