O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados aprovou, por ampla maioria, a abertura de processo contra o deputado Chiquinho Brazão, acusado pela Procuradoria-Geral da República de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A relatora Jack Rocha, em seu parecer, destacou a gravidade dos ilícitos penais atribuídos a Brazão, classificando-os como crimes hediondos. Mesmo preso e negando as acusações, Brazão terá um prazo de dez dias úteis para apresentar sua defesa por escrito.
O deputado André Janones também esteve sob escrutínio do Conselho de Ética, com o relator Guilherme Boulos recomendando o arquivamento da representação apresentada pelo PL. A acusação contra Janones envolve um episódio anterior ao seu mandato, no qual ele teria solicitado parte dos salários de assessores para custear despesas de campanha. Diante da alegação de perseguição política por parte de Janones, a votação sobre o arquivamento foi adiada após pedidos de vista dos deputados Alexandre Leite e Cabo Gilberto Silva.
Além disso, o deputado Glauber Braga também está sob investigação no Conselho de Ética, sendo acusado pelo partido Novo de quebra de decoro parlamentar por agressão física a um militante do Movimento Brasil Livre. A defesa de Braga alega que sua ação foi uma resposta a uma ameaça recebida. O processo seguirá seu curso com a escolha do relator da representação, cuja lista tríplice conta com os deputados Cabo Gilberto Silva, Rosângela Reis e Paulo Magalhães, todos sorteados para a função.