O Ministério da Gestão apresentou uma proposta de reajuste salarial para professores de universidades e institutos federais, com aumentos que variam entre 13,3% e 31% até 2026. A nova oferta, discutida em reunião com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), supera a proposta anterior do governo, que previa um reajuste entre 12,8% e 16,1% até 2026. A negociação para o fim da greve nas federais está em andamento, com o comando nacional de greve do sindicato analisando internamente a proposta.
Além do reajuste salarial, o governo federal também negociou aumentos significativos nos benefícios dos servidores públicos federais para 2024. O auxílio-alimentação teve um reajuste de 52%, passando de R$ 658 para R$ 1 mil a partir de junho. Já o auxílio saúde aumentou de R$ 144,38 para cerca de R$ 215, e o auxílio-creche subiu de R$ 321 para R$ 484,90. As negociações abrangentes visam não apenas recompor a inflação prevista para o mandato do governo, mas também recuperar perdas de gestões anteriores, segundo o secretário de relações de trabalho do Ministério da Gestão, Jose Lopez Feijóo.
Diante da proposta de reajuste salarial e dos aumentos nos benefícios, o ANDES-SN está preparando orientações para as seções sindicais e promoverá rodadas de assembleias nos próximos dias para discutir a oferta do governo. Caso a proposta seja aceita, o reajuste acumulado ao longo dos quatro anos do mandato atual poderá variar entre 23% a 43%, representando não apenas a correção da inflação, mas também uma importante valorização dos trabalhadores e trabalhadoras da educação.