Em um processo marcado pelo pacto entre PSOE e PP, os 14 candidatos para o Conselho Geral do Poder Judicial (CGPJ) foram submetidos a uma rápida passagem pelas Cortes espanholas, com poucas perguntas e ausência de alguns partidos. No Congresso, as questões foram tíbias, enquanto no Senado nenhum senador se pronunciou, com a cobertura partidária influenciando a dinâmica das audiências. A nomeação da filha do senador de ERC, Argelia Queralt, gerou controvérsia ao seguir o acordo estabelecido previamente.
Este processo, que não se assemelhou às famosas audiências de candidatos em filmes americanos, revelou a fragilidade do sistema de avaliação para os cargos de relevância no sistema judiciário espanhol. A postura de Vox e outros partidos em se ausentar em protesto ao pacto bipartidário evidenciou as tensões políticas em torno da composição do CGPJ. A indicação de José María Macías para o Tribunal Constitucional também gerou debate, com críticas à perpetuação de práticas do regime vigente desde 1978.
Em meio a críticas e protestos, a indicação de Argelia Queralt, filha de Joan Queralt, para uma vaga no CGPJ levanta questionamentos sobre nepotismo e influências políticas nas nomeações para o órgão de governo dos juízes na Espanha. O processo, envolto em polêmicas e falta de escrutínio adequado, revela a complexidade e as disputas presentes na formação de um dos pilares do sistema judiciário espanhol.