O ex-presidente Lula enfrenta um desafio significativo ao se posicionar sobre a situação na Venezuela, necessitando ir além de simples gestos diplomáticos. Críticos apontam que é crucial que Lula reconheça a realidade da crise venezuelana, incluindo a fraude eleitoral e o golpe de Estado em curso, rompendo com a postura anterior de apoio a Nicolás Maduro. Sua recente recepção ao ditador venezuelano contrasta com a condenação crescente de parte da esquerda latino-americana à ditadura.
Lula é instado a assumir sua avaliação equivocada do governo de Maduro e a colocar o protagonismo do povo venezuelano no centro da narrativa da crise. Sua postura anterior, de estender o tapete vermelho a um ditador, é questionada à luz dos eventos recentes na América Latina e de sua própria trajetória política. A pressão sobre Lula para uma postura mais crítica em relação à Venezuela e à autoritarismo na região cresce, colocando-o em um delicado equilíbrio político.
A visita do venezuelano a Lula após anos sem pisar no Brasil reforça a complexidade do cenário político regional e a necessidade de uma abordagem cuidadosa por parte do ex-presidente. O contexto de tentativas de golpes e de condenação à ditadura por parte de setores da esquerda latino-americana coloca Lula em um momento decisivo, em que sua posição sobre a Venezuela terá repercussões significativas em seu legado político e em seu papel na cena internacional.