Na cidade de Guarujá, litoral de São Paulo, a família de Rogério Andrade de Jesus, morto com um tiro de fuzil disparado por um Policial Militar durante a Operação Escudo, busca indenização por danos morais. A Defensoria Pública de São Paulo entrou com uma ação solicitando compensação, retratações nas redes sociais governamentais, tratamento psicológico e médico à família, além de uma bolsa de estudos para a filha da vítima. O Ministério Público do Estado apontou que PMs teriam invadido a casa da vítima e plantado provas para incriminá-la.
A Operação Escudo, desencadeada após o assassinato de um PM da Rota, resultou na morte de 28 pessoas em supostos confrontos com a polícia. Seis PMs são réus por homicídio, destacando-se os agentes Eduardo de Freitas Araújo e Augusto Vinícius Santos de Oliveira, acusados de executar Rogério de Andrade Jesus. Imagens das câmeras corporais dos policiais mostram a suposta execução e a plantação de provas no local do crime, levando a Defensoria a pedir por justiça e reparação à família da vítima.
Segundo o Ministério Público, os PMs teriam simulado uma situação de confronto para justificar a morte de Rogério, plantando uma pistola e um colete balístico no local. Os policiais teriam obstruído as câmeras corporais e alterado a cena do crime, levantando suspeitas sobre a conduta da polícia durante a operação. Enquanto a SSP-SP informa que as investigações continuam em andamento, a ação movida pela Defensoria destaca a gravidade do caso e a busca por responsabilização dos envolvidos.